O ex-advogado do presidente Donald Trump – e hoje seu desafeto – se entregou à prisão para cumprir sua pena. Segundo reportagem da edição digital do jornal O Globo, ele falou oito vezes a investigadores do procurador especial Robert Mueller, compareceu perante três comitês do Congresso e ajudou promotores federais com pelo menos duas investigações criminais no círculo íntimo do presidente Donald Trump.
Mas talvez o número mais importante na vida de Michael Cohen, segundo a reportagem, seja 1.095: o número de dias em que, a partir desta segunda-feira, ficará na prisão.
O ex-advogado pessoal e atual antagonista do presidente, Cohen se entregou na prisão federal em Otisville, Nova York, onde começará a cumprir sua sentença de três anos de cadeia por violações de regras de financiamento de campanha, evasão fiscal e outros crimes.
No ano passado, ele se declarou culpado de organizar pagamento para silenciar duas mulheres que disseram ter mantido relações extraconjugais com Trump. Relatos que poderiam prejudicá-lo na campanha presidencial de 2016. Foi condenado em dezembro.
Cohen, que implicou o presidente no esquema, estava entre os primeiros assuntos da investigação de Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição de 2016. Embora o escritório do procurador especial tenha passado a investigação de Cohen para os promotores federais em Manhattan, Cohen foi uma figura central no relatório de Mueller, que o citou mais de 800 vezes. Em fevereiro, ele depôs ao Congresso dos EUA e chamou o ex-patrão de “canalha”, “racista” e “uma fraude” .
FONTE: O Globo | Foto: Reprodução Internet