A fuga do ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn está saindo caro. O executivo já havia perdido US$ 14 milhões em recursos confiscados pela Justiça japonesa para passar à prisão domiciliar. Já a operação para Ghosn passar a virada do ano em Beirute custou mais cerca de US$ 15 milhões, conforme calculou especialista em segurança privada ouvido pela Bloomberg. No total, o brasileiro que também tem nacionalidade francesa e libanesa viu seu patrimônio perder US$ 29 milhões. A informação está no site Poder360.

Segundo a estimativa, Ghosn desembolsou ao menos US$ 350.000 para arcar com 1 jato particular que o levou para Istambul. O especialista, que pediu para não ser identificado, disse que uma fuga tal como a do executivo só poderia ser planejada por uma equipe de 25 pessoas ao longo de 6 meses.

Todos esses gastos contribuíram para a redução da fortuna em 40% desde a prisão de Carlos Ghosn em Tóquio, há mais de 1 ano, segundo estimativas do Índice de Bilionários Bloomberg. Atualmente, sua fortuna é calculada em cerca de US$ 70 milhões.

Ghosn também perdeu bastante dinheiro de remuneração. Em 2019, a Nissan cancelou o pacote de aposentadoria e remuneração vinculada às ações, e a Renault disse que o executivo não iria se beneficiar de 1 acordo de não concorrência assinado em 2015 com bônus de ações condicionados à sua permanência na empresa.

Ainda segundo a Bloomberg, nenhum dos ativos do ex-executivo foi apreendido ou vendido.

Durante a conferência de 2 horas e meia em Beirute na 4ª feira (8.jan.2020), Ghosn, de 65 anos, disse ser inocente e rebateu acusações de que teria ocultado sua renda e desviado recursos corporativos para ganho pessoal. Ele ainda acusou promotores, autoridades do governo japonês e executivos da Nissan de conspiração para derrubá-lo.

FONTE: Poder360 | Foto: Reprodução Internet

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