Captações em renda variável registraram alta, enquanto o saldo das cadernetas de poupança registrou queda de 2% no período
Os investimentos no mercado financeiro registraram crescimento no primeiro semestre de 2022. Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central do Brasil (BCB), é o segundo semestre consecutivo de crescimento no país. O relatório foi divulgado nesta quinta-feira (3).
Segundo documento, o aumento dos investimentos no semestre foi caracterizado por um crescimento na procura por ativos mais rentáveis e com prazos mais longos. O BC destaca que essa alta se deu pela “manutenção do comportamento de convergência de taxas praticadas pelos diversos segmentos e pela estabilidade no estoque de funding vindo do mercado externo”.
Em termos absolutos, o destaque de crescimento foi para a carteira de depósitos a prazo. Em termos relativos, a evolução das carteiras de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) foi de 38%, a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) teve alta de 25%, e a Letra Financeira (LF) registrou crescimento de 28%.
Na contramão dos investimentos em renda variável, as cadernetas de poupança registraram queda de 2% no saldo. De acordo com o relatório, a queda no estoque se manteve na mesma tendencia do segundo semestre de 2021, e se deve a perda de competitividade da poupança em relação aos outros tipos de investimento.
Ainda segundo o BC, o perfil de captação por tipo de investidor permaneceu praticamente estável no período. Além disso, a concentração deste tipo de investimento no Sistema Financeiro Nacional segue em tendência de redução. “O volume captado pelos bancos do segmento S1 representava 72% do total em junho de 2022.”, destacam.
Estabilidade financeira do país
O Banco Central avaliou que a estabilidade do sistema financeiro nacional está fora de risco. Segundo a instituição, “testes de estresse de capital” demonstram que o sistema bancário possui resiliência para a atual conjuntura econômica e política.
“Para os profissionais do SFN consultados, aumentou o grau de confiança na resiliência do Sistema, assim como a percepção de recuperação da atividade econômica. As instituições financeiras (IFs) avaliam que os riscos fiscais seguem relevantes, refletindo preocupações com as medidas recentes e as incertezas relacionadas ao próximo mandato presidencial.”, destaca o documento.
FONTE: CNN Brasil | FOTO: EBC