A juíza Aparecida Angélica Correia rejeitou a queixa-crime argumentando “não conseguir vislumbrar indícios” de que Datena tenha cometido crime
A Justiça paulista rejeitou a queixa-crime apresentada pela empresa Taurus, uma das maiores fabricantes de armas do mundo, contra o apresentador José Luiz Datena.
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Em julho de 2021, no programa “Brasil Urgente”, da Band, ao tratar de uma ocorrência em Cotia (SP) na qual um policial morrera, Datena chamou as armas da Taurus de “porcaria”.
O apresentador disse que as armas “falhavam em momentos” cruciais e que a Taurus deveria ser “banida” da polícia de São Paulo. “Se a arma não falhasse, talvez o policial não tivesse morrido”, afirmou.
Em documento enviado à Justiça a Taurus, empresa criada em 1939 no Rio Grande do Sul, anexou um laudo do Instituto de Criminalística segundo qual a arma do policial não havia falhado.
A fabricante queria que o apresentador fosse condenado por crime de difamação, cuja pena é de 3 meses a um ano de detenção. “Ele teve a clara intenção de macular a honra da empresa, sem apresentar qualquer tipo de comprovação”, declarou a Taurus no processo.
Em audiência realizada em 9 de junho deste ano, Datena afirmou que não teve a intenção de manchar a honra da Taurus e que apenas noticiou um fato com base em informações prestadas pela própria Polícia Civil. De acordo com o apresentador, a polícia havia dito que a arma falhara.
A juíza Aparecida Angélica Correia rejeitou a queixa-crime argumentando “não conseguir vislumbrar indícios” de que Datena tenha cometido crime. Para a magistrada, não ficou demonstrado que o apresentador teve a intenção de difamar a empresa.
A Taurus ainda pode recorrer.
FONTE: Rogério Gentile (UOL) | FOTO: Divulgação Band