Escolha do cantor, uma semana após Fernanda Montenegro, indica guinada na concepção de cultura da entidade

O cantor e compositor Gilberto Gil, de 79 anos, foi eleito na tarde desta quinta-feira o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele venceu uma disputa com o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daudt.

Ministro da Cultura de 2003 a 2008, durante o governo Lula, Gil é um dos principais expoentes do movimento tropicalista, responsável por uma revolução na música e na estética brasileira a partir dos anos 1960.

Escreveu canções fundamentais como “Aquele Abraço”, “Refazenda”, “Domingo no Parque” e “A Novidade”, além de outras centenas, cujos versos foram compilados no volume “Todas as Letras”, editado em 1996 com organização de Carlos Rennó.

Na semana passada, a atriz Fernanda Montenegro também foi eleita. Gil se torna hoje a segunda pessoa negra entre os 37 imortais. Fernanda é a nona mulher a sentar numa cadeira da Academia em sua história de 124 anos.

FONTE: Folha Online | FOTO: Fernando Frazão (Agência Brasil)