O homem preso em um voo após pedido do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o advogado Cristiano Caiado Acioli, 39 anos, filho da subprocuradora da República Helenita Caiado.
Ele foi ouvido na tarde desta terça-feira (4/12), na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília.
Caiado é um defensor rigoroso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais. A informação é do Correio Braziliense.
Em um vídeo publicado no Facebook e Twitter, o advogado, enrolado em uma bandeira do Brasil, pede doações financeiras para a Santa Casa de Juiz de Fora, unidade de saúde que atendeu Bolsonaro quando foi vítima de uma facada, durante a campanha.
O advogado também fez inúmeras críticas ao STF e ao PT.
Nas publicações, o advogado também direciona críticas aos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, presidente do STF.
Caiado Acioli chegou a compartilhar postagens de terceiros pedindo assinatura para o “impeachment” dos dois magistrados.
A defesa do advogado gravou um vídeo mais cedo afirmando que Caiado Acioli foi preso sem uma acusação formal de Lewandowski, o que seria uma “violação das prerrogativas dos advogados”.
No vídeo, a defesa também diz que o ato é uma “absurda violação dos direitos do cidadão”.
No Twitter, a hashtag #OSTFÉUMAVERGONHA está nos assuntos mais comentados do microblog. Essa foi a frase que o advogado usou antes de ter voz de prisão decretada pelo ministro.
Durante o embarque de um voo de São Paulo a Brasília, Acioli notou a presença de Lewandowski na primeira fila do avião e disse: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês”.
Lewandowski ficou claramente incomodado e se dirigiu a Acioli. “Você quer ser preso?” Em seguida, pediu a presença da Polícia Federal no voo. O advogado, então, retrucou: “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”.
FONTE: Correio Braziliense | Foto: Reprodução Facebook