Segundo o Tesouro, a variação negativa da DPF foi influenciada pelo resgate líquido de R$ 76,38 bilhões, neutralizado pela apropriação positiva de juros em R$ 47,22 bilhões

A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil apresentou queda de 0,51% em termos nominais, e chegou a R$ 5,75 trilhões no mês de setembro. Em agosto, o valor da DPF era de R$ 5,78 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pela secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia.

Segundo a secretaria, “o mês de setembro foi marcado por fortes ajustes nos mercados externos, em decorrência dos esforços dos principais bancos centrais em conter a inflação”.

De acordo com o ministério da Economia, essa variação ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 76,38 bilhões, que foi neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 47,22 bilhões.

A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta.

O custo médio das emissões apresentou redução, passando de 11,88% ao ano em agosto para 11,71% em setembro. Ao mesmo tempo, o custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses reduziu para 10,63% ao ano em setembro, frente aos 10,47% ao ano registrados em agosto.

Queda na reserva de liquidez
A reserva de liquidez da dívida reduziu 10% em termos nominais, segundo o Tesouro Nacional. A reserva passou de R$ 1,14 trilhão em agosto, para R$ 1,03 trilhão em setembro. O resgate líquido de R$ 76,39 bilhões foi o principal fator de variação, de acordo com a pasta.

“A reserva de liquidez atual garante pagamento dos próximos 9,55 meses à frente de vencimentos. Está previsto para os próximos doze meses, o vencimento de R$ 1.431,54 bilhões da DPMFi”, afirma o documento.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: EBC