Quem recentemente não ouviu a seguinte pergunta: Você é Bolsonaro ou Lula?
Da última vez que fui questionado, respondi de imediato:
– Sou… Carlos Kelsen.
É impressão ou o brasileiro é apaixonado por política?
Na verdade, observando os movimentos dos partidos, dos candidatos, da imprensa, dos amigos, dos vizinhos e até de familiares, chego à conclusão de que os brasileiros são apaixonados pelos “candidatos” e não pela política.
Afinal, faça o teste solicitando a alguém que costume falar muito em política para que apresente 5 (cinco) propostas dos candidatos à Presidente e 5 (cinco) propostas dos candidatos à Governador do Estado.
Se alguém apresentar pelo menos 3 (três) propostas, já o considere politicamente diferenciado.
Feita a referida reflexão, necessário voltar à realidade da prestação de serviços.
Em meio a tantas discussões acaloradas sobre candidato A ou B, opiniões e brigas em grupos de WhatsApp e até exposições em redes sociais ou mesas de reuniões profissionais e de amigos, tenho percebido muitas pessoas que exageram na defesa dos candidatos, esquecendo que são profissionais, estão disponíveis para o mercado e que, passadas as eleições, a vida literalmente continua, os boletos do dia 05 permanecem vencendo e as amizades e os bate-papos deverão ser restabelecidos, mudando apenas o assunto.
A grande dificuldade é saber que tipo de estrago a postura dos profissionais nas campanhas eleitorais poderá trazer, especialmente no momento de um cliente precisar decidir pela contratação.
Será que os mais radicais serão, realmente, contratados?
Não estou discutindo se as pessoas devem ou não participar ativamente da discussão política. Apenas alerto aos profissionais liberais, aos prestadores de serviços, aos empresários e até às próprias empresas, que não deixem de medir o impacto da defesa dos “políticos”, em detrimento da defesa dos seus próprios “negócios”.
Lembrem que os “políticos”, em regra, não pagam as nossas contas…
Encerro afirmando que eu não teria dificuldade de contratar alguém que não votasse no meu candidato.
E você, contrataria?