Carlos Magno Araújo, Especial para Juristec

O número de advogadas já supera o de advogados em 10 dos 27 estados brasileiros. O levantamento, feito pelo Juristec a partir dos dados disponibilizados pela Transparência no site do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, mostra que é cada vez maior, ao menos em quantidade, a igualdade de gêneros na advocacia do país.

Dos dez estados nos quais as mulheres advogadas superam o total dos homens advogados, três estão na região Sudeste, caso do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo; dois na região Norte, Pará e Rondônia; dois na região Nordeste, Bahia e Sergipe; e dois na região Centro-Oeste, Goiás, e Mato Grosso. Na região Sul, somente um estado registra número de advogadas maior do que o de advogados, o Rio Grande do Sul.

Entre os dez estados, o que apresenta maior diferença favorável à presença feminina é Rondônia, com 6,7%. São 4.274 mulheres contra 4.004 homens. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 5,7% de mulheres a mais na advocacia. São 74.178 mulheres contra 70.164 homens. Depois está o Pará, com 4,5% a mais no número de advogadas em relação aos advogados. Lá, são 10.567 mulheres e 10.108 homens. Já na Bahia, onde a diferença favorável às advogadas alcança 4%, são 24.644 mulheres advogadas contra 23.695 advogados.

Os demais são Espírito Santo, com 3,1% a mais de advogadas, representados pela quantidade de 11.247 mulheres contra 10.900 homens; Mato Grosso, com 2,7% a mais de mulheres, 10.083 advogadas e 9.812 homens, e Goiás, com 2.6% a mais de presença feminina, 21.937 contra 21.364.

Completam a lista Sergipe, com diferença favorável ao número de mulheres de 2,1%, com 5.051 advogadas contra 4.945 advogados; Rio Grande do Sul, com 1,7% a mais de advogadas, sendo elas 43.571 e eles, 42.801; e São Paulo, onde se verifica a menor diferença, de acordo com os dados da OAB nacional. Lá, A diferença não chega a 1% – é 0,1%, com 161.849 advogadas contra 161.543 advogados. Em São Paulo está a maior quantidade de advogados registrados no país, ao todo. 323.392.

Ouvida pelo Juristec para a série de matérias sobre a presença da mulher advogada no país, a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB Daniela Borges destacou como positivo o aumento da presença da mulher no exercício da profissão.

Disse que em parte representa o aumento da população feminina no país, verificada já em alguns anos, mas também o interesse cada vez maior das mulheres em investir na própria carreira.

A igualdade na presença de homens e mulheres na advocacia não significa, porém, no entendimento de Daniela Borges, redução do preconceito ou da discriminação contra a mulher mesmo na área do Direito.

Para ler a reportagem Número de mulheres advogadas no Brasil cresce quase 40% em cinco anos, clique AQUI

FOTO: Pixabay | ARTE: Juristec

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