Sérgio Camargo é investigado por perseguição ideológica e assédio moral contra funcionários, diz TV

​​O Ministério Público do Trabalho pediu o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.

De acordo com matéria da Folha Online, o pedido foi divulgado pelo Fantástico, da Globo, na noite deste domingo (29). Nos depoimentos divulgados pelo programa, funcionários do órgão dizem que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros. Além disso, servidores concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição sob o comando do atual presidente do órgão, que perseguiria o que ele define por “esquerdistas”.

Funcionários ainda dizem que Camargo chamava um ex-diretor da Palmares de “direita bundão” por não exonerar “esquerdistas” da Palmares. Além do afastamento, o Ministério Público do Trabalho também pede que Camargo pague indenização de R$ 200 mil por danos morais, segundo a TV.

O presidente da Fundação Palmares começou a ser investigado por suspeita de assédio moral contra funcionários em março deste ano. O inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal, que passou a ouvir mais de uma dezena de pessoas. A apuração, feita em sigilo, foi aberta após o MPT receber diferentes denúncias de perseguição ideológica.

Ainda de acordo com a Folha Online, nas redes sociais, Camargo se manifestou sobre temas relacionados à denúncia. Na tarde deste domingo, por exemplo, ele escreveu no Twitter que “ter orgulho do cabelo é ridículo para o negro”. Mais tarde, à noite, escreveu que o negro orgulhoso de seu cabelo é um “fracassado a serviço do vitimismo”.

No sábado (28), ele já havia dito que orgulhar-se do seu cabelo é algo “ridículo”. “Não crítico o ‘orgulho do cabelo afro’ porque sou careca. Crítico porque isso é ridículo! Estudem e conquistem. É o que importa.”

Após a reportagem da TV Globo, ele escreveu nas redes sociais que, após a divulgação da denúncia e do pedido de afastamento da direção da Palmares, ouviu sonatas de Franz Schubert. Na mesma publicação, chamou pessoas de esquerda de “vermes”.

FONTE: Folha Online | FOTO: Sérgio Lima (Poder 360)