Na tese de Moraes, a maior parte da receita dessas empresas é proveniente de verba de publicidade; por isso, deveriam ser responsabilizadas

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu mudança no tratamento das big techs para defender a democracia. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (14/11) durante o painel “Brasil e o respeito e à liberdade à democracia” no evento Lide Brazil Conference, em Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com o magistrado, companhias como Facebook, WhatsApp e Twitter se escondem sob a ótica de “empresas de tecnologia”, mas deveriam ser tratadas como empresas de mídia devido aos ganhos com receitas de publicidade. “As empresas de tecnologia têm de ser responsabilizadas como empresas de mídia, e não como empresas de tecnologia”, defendeu.

Estima-se que, aproximadamente, 97% da receita do grupo Meta, seja proveniente de verbas de publicidade. No ano passado, esse valor chegaria a US$ 28,3 milhões. Moraes ainda rebateu as críticas sobre suas ações contra as fake news e as milícias digitais serem uma censura. “Não é uma censura, é uma responsabilização daquilo que se fala”, explicou.

Moraes e outros ministros
O primeiro dia do evento em Nova York reuniu os ministros do STF Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski; Michel Temer, ex-presidente da República, Carlos Ayres Britto, ex-ministro e ex-presidente do STF; e Antonio Anastasia, ministro do TCU.

FONTE: Metrópoles | FOTO: EBC