Banco havia concedido, até a última sexta-feira (14), R$ 1,8 bilhão de crédito consignado a 700 mil beneficiários

O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu para a Corte de contas suspender os procedimentos adotados pela Caixa Econômica Federal para a concessão de empréstimos consignados aos beneficiários do Auxílio Brasil.

O MP junto ao TCU quer impedir a utilização dessa medida com a finalidade “meramente eleitoral” e “em detrimento das finalidades vinculadas do banco”. A presidente da Caixa, Daniella Marques, afirmou, na segunda-feira (17), que o banco havia concedido, até a última sexta-feira (14), R$ 1,8 bilhão de crédito consignado a 700 mil beneficiários do Auxílio Brasil.

O adiantamento do calendário da Caixa se dá nos momentos finais da campanha eleitoral, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputa a reeleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado, afirmou, em seu pedido, que o “assombroso montante” já liberado pela Caixa “impõe dúvidas sobre as finalidades perseguidas mediante essa atividade”.

Furtado também questiona se “vem sendo respeitados procedimentos destinados a salvaguardar os interesses do banco e, por consequência, o interesse público”. “Com efeito, não é desarrazoado supor (…) que o verdadeiro propósito dessas ações, ou pelo menos da forma como elas vêm sendo conduzidas, seja o de beneficiar eleitoralmente o atual presidente da República e candidato à reeleição”, afirmou.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: EBC