
Associação Brasileira de Startups (ABStartups) revelou que é baixa ou inexistente a inclusão desses grupos minoritários dentro das empresas
As startups ganharam grande popularidade no mercado por serem um novo meio de se pensar as empresas, com uma modernidade superior digna do século XXI, incluindo discursos muito voltados para temas importantes da sociedade, como a diversidade.
Não é difícil encontrar startups que possuem discursos de inclusão de mulheres, negros, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCD) e idosos. Contudo, um estudo feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e divulgado pelo jornal Estadão revelou que é baixa ou inexistente a inclusão desses grupos minoritários dentro das empresas. A pesquisa entrevistou 2,5 mil startups entre agosto e setembro deste ano.
As empresas foram questionadas sobre o apoio a diversidade e cerca de 96,8% respondeu positivamente, deixando claro que concordam com este discurso. Porém, ao serem questionadas se possuem um processo seletivo voltado para a inclusão de minorias, 60,7% das startups disseram não possuir este tipo de iniciativa.
O estudo ainda analisou o quadro de funcionários das companhias e atestou a falta de diversidade dentro das empresas. Cerca de 31,2% das startups afirmam não ter um funcionário preto ou pardo, outras 19,1% das entrevistadas disseram não ter mulheres na equipe.
Ao procurar PCDs, transexuais e idosos dentro das startups, o cenário é ainda mais frustrante. Companhias sem estes grupos totalizam 90,3%, 90% e 62,3%, respectivamente.
Enquanto a diversidade existe apenas no discurso, o cenário de fundadores é quase que completamente padronizado. Entre as empresas pesquisadas, 78,1% foram fundadas por homens, pardos (51,1%) ou brancos (33,7%), heterossexuais (92,1%), com idades entre 31 e 40 anos (45%).
FONTE: Olhar Digital | FOTO: Shutterstock