Adriana Almeida, condenada pela morte do companheiro, ficou conhecida como ‘viúva da Mega-Sena’
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que Renata Senna, filha do ex-lavrador Renê Senna, assassinado em 2007 após ganhar na Mega-Sena, deve ficar com metade da herança do pai. Assim, após anos de disputa judicial, Renata poderá movimentar pela primeira vez cerca de R$ 43 milhões. A decisão, proferida no mês passado, foi revelada pelo jornal Extra. O processo está sob segredo de Justiça.
Condenada a 20 anos pelo homicídio do companheiro, a ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, que ficou conhecida como “viúva da Mega-Sena”, ainda tenta invalidar na Justiça o exame de DNA por meio do qual Renata provou que é filha de Renê. A defesa de Adriana alega que há indícios de que o laboratório possa ter manipulado os resultados. Em decisão liminar, o juízo negou o pedido.
De acordo com a Folha Online, a viúva e familiares de Renê se enfrentam judicialmente para serem reconhecidos como herdeiros da outra metade da herança do ex-lavrador. Em fevereiro de 2018, a 17ª Câmara Cível do Rio anulou um testamento por meio do qual Renê dividia seus bens, meio a meio, entre Adriana e a filha.
Na ocasião, o desembargador Elton Leme afirmou que o testamento era nulo porque a viúva “não estava legitimada a receber a herança em razão de ter sido condenada criminalmente pela morte dolosa de Renê”.
Segundo o Extra, o Superior Tribunal de Justiça negou recurso de Adriana para validar o testamento que a favorecia e reconheceu testamento anterior que dava a nove irmãos de Renê o direito à outra metade dos bens. Ainda cabem recursos da decisão.
Senna foi morto em janeiro 2007, dois anos após ganhar o prêmio de R$ 52 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.
Deficiente físico, Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes. O ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito (RJ).
FONTE: Folha Online via Extra | FOTO: TJRJ Divulgação