Startup criou um modelo de recrutamento batizado de hunt hacking. As empresas que assinam o serviço recebem um número de créditos por mês que podem ser utilizados para comprar indicações de candidatos

Foi unindo marketing digital ao processo de recrutamento que a startup brasileira Intera conseguiu crescer e chegar a um faturamento anual de 3 milhões de reais. A empresa, fundada em 2018 em Salvador, na Bahia, é especializada em atrair talentos de tecnologia para empresas como iFood, Creditas, Quinto Andar, Ambev, Via Varejo e Gerdau. Agora, para construir uma nova plataforma de RH, a companhia captou um aporte de 2,5 milhões de reais com um grupo de investidores-anjo brasileiro. A informação está no portal da revista Exame.

A idealizadora da companhia é Paula Morais, que já havia empreendido em um marketplace de aluguel de produtos e também trabalhado na empresa de educação médica Sanar. Ao perceber que haverá um déficit de 264.000 profissionais de tecnologia no Brasil até 2024, a empreendedora decidiu criar uma escola de formação de desenvolvedores web.

Em poucos meses de negócio, Morais descobriu que apesar de haver oportunidade na educação, não conseguiria estruturar um modelo de negócio focado nisso. “Não havia ninguém disposto a pagar a conta da formação de desenvolvedores lá em 2017. Eu também não estava familiarizada com o modelo de venture capital, achava que o negócio teria que dar dinheiro desde o primeiro dia”, diz.

Em 2018, ela decidiu transformar a Intera em uma empresa focada em atender o mercado corporativo. “Conversamos com mais de 100 RHs em 2018 e percebemos que eles estavam insatisfeitos com as soluções de recrutamento de profissionais de tecnologia”, afirma Morais.

Para resolver esse problema, a startup criou um modelo de recrutamento batizado de hunt hacking. As empresas que assinam o serviço recebem um número de créditos por mês que podem ser utilizados para comprar indicações de candidatos. Usando inteligência de dados e técnicas de marketing digital, a Intera encontra os melhores profissionais para as vagas disponíveis e os convence a participar do processo seletivo.

Com o aporte, Morais e os outros cofundadores do negócio, Augusto Frazão e Juliano Tebinka, irão estruturar uma plataforma para que as próprias empresas possam operar o hunt hacking sozinhas.

“Vamos construir um produto tecnológico que escale a nossa solução e possibilite o nosso cliente a fazer o que a gente faz para ele: gerar contratações assertivas e em menor tempo”, diz a fundadora. Atualmente, apesar de o processo utilizar tecnologia, profissionais da startup precisam participar da busca por candidatos.

FONTE: Exame | FOTO: Imagem de Tumisu por Pixabay