Segundo desembargador do TJDF, há comprovação de atos de violência praticados por Fernando Pessôa Mello contra ex-mulher
Fernando Pessôa da Silveira Mello, juiz auxiliar de Dias Toffoli na presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ex-juiz auxiliar de Luiz Fux no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi proibido pela Justiça de se aproximar da ex-mulher e é acusado de violência doméstica.
“Há comprovação de atos de violência praticados pelo ofensor contra a vítima”, escreveu o desembargador Robson Azevedo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, na quarta-feira 22. A informação é do blog do jornalista Guilherme Amado, no portal da revista Época.
“Verifico risco de dano irreparável ou de difícil reparação”, continuou o desembargador, que proibiu “aproximação e contato, por qualquer meio ou pessoa interposta” de Fernando Mello, sob pena de ter a prisão preventiva decretada. A medida consta da Lei Maria da Penha.
Mello foi processado no início deste ano por Ingrid França de Oliveira, com quem foi casado de 2008 a 2019. Ambos vivem em Brasília.
Desde fevereiro de 2020, o juiz federal da Justiça Militar despacha na presidência do CNJ, na gestão de Dias Toffoli.
Em setembro, voltará a trabalhar com Luiz Fux, de quem é próximo.
Em 2018, quando presidia o TSE, Fux escolheu Mello para ser seu juiz auxiliar na corte.
No ano seguinte, Fux e o juiz organizaram um livro e o lançaram em uma cerimônia no STF. A obra reúne artigos de cinco ministros do Supremo.
Ingrid França de Oliveira alegou à Justiça que sofreu violências “físicas, morais e psicológicas” do ex-marido.
Ela o acusou de ter comportamento “agressivo e ofensivo” e de perturbar sua tranquilidade insistentemente.
“Em 1 de setembro de 2019, Fernando encurralou Ingrid no canto do banheiro do apartamento, agredindo-a física e verbalmente, sufocando-a e ameaçando de acabar com a vida dela, e que ela ainda se arrependeria de não permanecerem casados”, escreveram as advogadas de Ingrid no processo.
“Toda a situação ocorreu na frente do filho, que chorava muito presenciando os pais brigarem, chegando até a ingerir papel devido à ansiedade e ao nervosismo. Apesar de Ingrid exigir que o agressor largasse seu pescoço e que chamaria a polícia, Fernando só se afastou após Ingrid o segurar com as unhas pelo braço, forçando que ele se afastasse”, seguiu a defesa de Ingrid.
FONTE: ÉPOCA | FOTO: Pixabay