O Departamento de Justiça dos Estados Unidos moveu uma ação judicial acusando a chinesa Huawei e quatro subsidiárias norte-americanas de conspirar para extorquir e roubar segredos comerciais de concorrentes, obtendo vantagens e reduzindo gastos com pesquisa e desenvolvimento. A informação está no portal G1.

A ação divulgada na quinta-feira (13) adiciona mais um capítulo à série de dificuldades e imposições que autoridades norte-americanas levantam contra a fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicação.

Uma executiva da empresa foi presa em dezembro de 2018 e, desde então, a Huawei também foi acusada pelo governo norte-americano de ser um “instrumento do governo chinês” e sofre com sanções comerciais que a proíbem de participar na construção da infraestrutura de 5G.

Na terça-feira (11), o jornal “The Wall Street Jornal” publicou uma reportagem em que Robert O’Brien, o conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, afirma que o país possui evidências de que os produtos vendidos pela Huawei incluem uma espécie de “porta dos fundos” que deixa as redes de telecomunicações expostas para acessos indevidos.

As supostas evidências não foram reveladas. De acordo com a reportagem, as informações foram compartilhadas com autoridades do Reino Unido e da Alemanha.

Quebra de contratos e ‘recompensas’
De acordo com o Departamento de Justiça, a Huawei firmou acordos comerciais que previam confidencialidade e violou esses contratos, apropriando-se de tecnologias e informações em benefício econômico próprio.

A Huawei disse que a nova acusação dos americanos pretende provocar danos na reputação e nos negócios da Huawei “por razões competitivas” e discorda do mérito legal da questão.

A Huawei informou que, nessas disputas anteriores, “nenhum tribunal descobriu que a Huawei havia se envolvido em roubo de propriedade intelectual ou exigido que a Huawei pagasse indenização por violação de propriedade intelectual de terceiros”. Na visão da empresa, o Departamento de Justiça está reintroduzindo casos civis resolvidos como casos criminais.

FONTE: G1 | FOTO: Pixabay

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