O grupo Guardian afirmou nesta quarta-feira, 29, que banirá de suas plataformas de conteúdo os anunciantes que tenham como seu principal negócio a extração e processamento de combustíveis fósseis — como petróleo e gás natural. A empresa edita os jornais The Guardian e The Observer. A informação está no portal Meio e Mensagem.
Anna Bateson, chief executive, e Hamish Nicklin, chief revenue officer, anunciaram a medida em um comunicado divulgado pelo jornal. Segundo as lideranças, “o modelo de financiamento do Guardian — assim como a maior parte dos jornais de alta qualidade — continuará precário nos próximos anos. É verdade que rejeitar anunciantes pode tornar nossas vidas um pouco mais difíceis no curto prazo. Entretanto, acreditamos que construir uma organização com mais propósito e, ainda, nos manter financialmente sustentáveis são coisas que andam de mãos dadas”.
A medida passa a valer já nesta quarta. O jornal afirmou que não deixará de aceitar anúncios de montadoras e companhias de viagens — duas indústrias com alto impacto de emissões de carbono — porque isso tornaria seu financiamento inviável.
Ano passado, o jornal bretão anunciou que mudaria sua denominação para falar de impactos ao meio ambiente. Desde maio, a publicação passou a usar o termo emergência climática, ao invés de mudança climática. O grupo pretende tornar suas emissões neutras até 2030.
FONTE: Meio e Mensagem | Foto: Markus Spiske / Pixabay