Destravar a indústria de logística: esse é o grande objetivo da startup asiática Lalamove, que começou sua operação no Brasil há três meses. A empresa, fundada em 2013 em Hong Kong, conecta pessoas e empresas que precisam de um serviço de entregas com motoristas parceiros de sua rede. Por meio do aplicativo da companhia, é possível enviar desde um documento até móveis. A informação, da Exame.com, está no portal Startupi.
O serviço mais barato, realizado por um motoboy com bolsa térmica, custa a partir de 9 reais. Com 35 reais, contrata-se um motorista com um pequeno furgão, como uma Fiorino. Para o transporte de objetos mais volumosos, há a possibilidade de pedir um pequeno caminhão, que tem como preço base 100 reais. Caso seja necessário que o motorista ajude no carregamento dos itens, a plataforma cobra uma taxa extra, que varia de 25 a 120 reais, a depender do tempo do serviço.
Por enquanto, os serviços só estão disponíveis na Grande São Paulo e nas cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Os planos da Lalamove são expandir, até o final do ano que vem, a operação para capitais de outros estados brasileiros, como Belo Horizonte e Porto Alegre.
O mercado brasileiro é a primeira aventura da empresa fora do mercado asiático. Por lá, a companhia opera em mais de 150 cidades, tem 25 milhões de usuários e uma base de 3 milhões de motoristas parceiros. Albert Jonathan Go, diretor de expansão da Lalamove para a América Latina, disse que a escolha do Brasil para a expansão fora do continente asiático foi natural.
A empresa acredita que o Brasil é um país bastante desenvolvido, com umas das maiores economias do mundo, mas ainda similar aos mercados em que já operam. “Aqui há problemas diferentes, claro, como segurança, mas o mercado tem sido muito receptivo”, diz Albert.
A principal dificuldade nesses primeiros meses no Brasil tem sido o fuso horário. Como a startup está sediada em Hong Kong, todos os recursos, financeiros e humanos, estão operando com 11 horas de diferença do Brasil.
Até por isso, nesse primeiro momento de adaptação, o objetivo central da equipe brasileira da startup tem sido um só: aprender o máximo possível sobre o mercado brasileiro, os motoristas e os consumidores. “Queremos ser capazes de trazer o que temos na Ásia para cá, adaptando ao mercado local”, conta Albert.
Depois do Brasil, a companhia planeja se expandir para as maiores economias da América Latina, o que coloca o México na sua rota de expansão. Albert diz que sua equipe já está discutindo a entrada no mercado mexicano, mas que “ainda não há como prever uma data de lançamento lá”, apesar de a possibilidade estar sendo ativamente considerada.
FONTE: Startupi | Foto: Pixabay