As autoridades regulatórias globais não permitirão que o Facebook lance sua criptomoeda libra até que todas as suas preocupações, desde a lavagem de dinheiro até a estabilidade financeira, sejam resolvidas e “uma discussão prolongada” pode ser necessária, disse Benoît Coeuré, membro do conselho do Banco Central Europeu e responsável pelo grupo de trabalho internacional sobre o uso da criptomoeda da rede social. As informações, da Agência Reuters, estão no portal Convergência Digital.
O Facebook anunciou a libra – uma nova moeda digital apoiada por quatro moedas oficiais e disponível para bilhões de usuários de redes sociais em todo o mundo – há um mês, acrescentando que espera lançá-la no próximo ano.
Para Coeuré, o alcance global do Facebook significa que a criptomoeda tem que ser segura “desde o primeiro dia” para seus usuários, sistema financeiro e autoridades de combate ao crime. “Não é um processo de aprendizagem: funciona ou não”, acrescenta o executivo, durante entrevista na reunião do G7, os sete países do mundo, Chantilly, na França.
Os reguladores temem que a libra, que em seu projeto original permitiria que os usuários transfiram dinheiro usando um pseudônimo, possa ser usada para lavar dinheiro ou financiar o terrorismo.
Isso pode envolver uma “discussão prolongada” entre os reguladores sobre como mudar as regras nacionais e internacionais existentes para enquadrar a libra, reportou ainda Coeuré. “No futuro, poderemos descobrir que existem lacunas ou inconsistências que exigiriam uma discussão prolongada dos reguladores sobre como fazer isso de maneira diferente”, completou.
FONTE: Convergência Digital | Foto: Pixabay