Você já imaginou a programação como uma das disciplinas obrigatórias para um advogado? A disciplina já faz parte de algumas matérias eletivas e deve se tornar cada vez mais presente nas universidades. Ivar Hartmann, professor na FGV Direito Rio, contou na LawTech Conference, promovida pela StartSe, como a ciência de dados está se tornando uma ferramenta imprescindível para esses profissionais.

Para Hartman, os estudantes de direito terão duas opções depois de se formarem. “A primeira é trabalhar na iniciativa privada como júnior, fazendo um trabalho repetitivo e braçal para cinco anos depois ser demitido porque o escritório contratou uma lawtech para fazer o mesmo”, comentou. “A segunda opção é criar a lawtech ou o software irá causar a demissão”.

Segundo o portal da StartSe, a tecnologia pode impactar do início ao fim no direito – desde em conciliações online para evitar novos processos até jurimetria, por exemplo. A inteligência artificial pode acelerar partes burocráticas como a escrita de petições, atuando na diminuição de tempo dos processos.

Ivar Hartman é LL.M (pós-graduado) em direito de tecnologia pela Harvard Law School e foi um dos coordenadores do “Supremo em Números”, projeto da FGV que usa a tecnologia para mapear dados do Supremo Tribunal Federal. O objetivo é de analisar decisões, andamento e duração de processos, origens geográficas, entre outros.

Quando o próprio Hartmann foi estudar programação há alguns anos, poucos alunos eram de sua área de trabalho e alguns deles desistiram no meio do curso. Havia o pré-conceito de que a matéria seria perca de tempo, pois “não cai em concurso”. Os tempos mudaram – hoje a Harvard possui um curso próprio para ensinar programação a advogados.

FONTE: StartSe | Foto: Pixabay

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