O brasileiro é adepto de novas tecnologias, mas o governo estacionou no que elas poderiam oferecer há 30 anos. O resultado é um fosso de 40 posições na comparação internacional, que vai ser atacado com um plano de metas para a transformação digital dos serviços públicos. Quem garante é o secretário de governo digital do Ministério da Economia, Luiz Felipe Monteiro.
A análise foi feita durante participação na mesa redonda sobre o impacto da segurança da informação nos negócios das empresas e nas instituições governamentais, realizada pelo portal Convergência Digital.
“O governo acordou em 2019 e descobriu que 30 anos se passaram e as práticas da década de 1980, de 1990 não são mais as que a sociedade espera e utiliza. O brasileiro compõe a quarta população do mundo de usuários de internet. O mercado no Brasil é líder em diversos indicadores e serviços, como consumo de música, de streaming, de usuários no Facebook. Mas o governo é apenas o 44º melhor em uso de serviços digitais”, afirma o secretário de governo digital, Luiz Felipe Monteiro.
De acordo com o portal Convergência Digital, para reverter o cenário foram fixadas três metas para os próximos 24 meses: lançar a identidade digital nacional, em parceria com o TSE; transformar 1 mil novos serviços hoje analógicos para o canal digital; e consolidar dos vários em um único canal digital.
“O Executivo Federal tem 1.594 sites gov.br; assim nem Google salva. O cidadão não encontra. E 70% das buscas que chegam aos sites governamentais têm palavras-chave relacionadas a busca de serviços. Ele quer resolver um problema. E a gente faz o contrário, apresenta o ministro e o ministério e esconde o serviço”, justifica o secretário.
FONTE: Convergência Digital | Foto: Pixabay