O Brasil é um dos países mais conectados do mundo. O brasileiro passa, em média, nove horas por dia online. Mesmo assim, o mercado digital local ainda sofre com a falta de inovação e infraestrutura. É o que aponta estudo da consultoria McKinsey realizado em parceria com o evento Brazil at Silicon Valley. A informação está no portal da revista Época Negócios.

Em número de horas conectadas, o Brasil supera o México, com 8,4 horas, a Argentina, com 8,2 horas, e até mesmo os Estados Unidos, com 6,3 horas. Isso pode ser resultado do alto número de brasileiros online. De acordo com o relatório, 67% da população brasileira está conectada. Em 2008, eram somente 34%. “O brasileiro está pronto para a revolução digital, mas falta infraestrutura e investimentos”, afirma Jordan Lombardi, um dos pesquisadores da McKinsey.

Em relação ao acesso, há variações consideráveis, dependendo da região do país e da remuneração do entrevistado. As famílias com maior renda têm quatro vezes mais chance de ter acesso à internet do que as de menor renda. A velocidade média da internet, entretanto, ainda é baixa no país. O Brasil conta com uma média de 13Mpbs, bem abaixo da média global de 31Mpbs. Em regiões como América do Norte e Ásia, a média chega a 46 Mpbs.

Segundo o estudo, 44% do acesso à internet é feito por smartphones, principalmente para o uso de aplicativos de mensagens e redes sociais. O Brasil é o segundo colocado em números de usuários no WhatsApp e no Instagram. No Facebook e LinkedIn, o terceiro. A Netflix tem no Brasil a sua maior base de usuários de língua não-inglesa. Os brasileiros também são responsáveis pela maior produção de vídeos para o YouTube e o maior número de contas ativas no Waze.

Os dados do relatório revelam que o Brasil ainda está atrás quando o assunto é inovação. Um dos argumentos apresentados pela pesquisa é a do registro de patentes. Enquanto no Japão um registro leva um ano para ser aprovado, no Brasil o empresário espera, em média, 14 anos. Não por acaso, em 2016 o Brasil registrou somente sete patentes, ante 456 do Japão.

A pesquisa também mostra quantas empresas de tecnologia estão entre as mais valiosas de cada país, comparando os resultados do Brasil com os de Estados Unidos e China, entre 2010 e 2018. No caso do Brasil, nenhuma empresa de tecnologia entrou para a lista das dez primeiras colocadas. A China teve duas empresas de tecnologia entre as dez mais valiosas; nos Estados Unidos, cinco empresas de tecnologia ocupam hoje os cinco primeiros lugares.

FONTE: Época Negócios | Foto: Pixabay

Deixe um comentário