
Durou apenas 10 dias o conselho de ética formado pela Google para avaliar as melhores práticas no desenvolvimento e utilização da inteligência artificial. Segundo o portal Canaltech, a equipe, anunciada na última semana, foi desfeita pela gigante após polêmicas relacionadas às relações dela com setores militares e, também, aos protestos relacionados à presença de Kay Coles James, empreendedor ligado ao governo de Donald Trump e também a causas transfóbicas, antiaborto e contra os direitos LGBT+.
A iniciativa, diz o Canaltech, foi pensada como uma forma de criar um conjunto de normas, mesmo que informais, para pesquisas e desenvolvimento de inteligência artificial em áreas como reconhecimento facial, vigilância, análise de dados e outros assuntos relacionados.
O conselho serviria para dar recomendações à própria Google e também a outras companhias do setor sobre as melhores maneiras de tratar situações relacionadas a questões raciais, privacidade, direitos humanos e garantias legais.
A polêmica começou, entretanto, quando a Google anunciou a presença de James entre os oito membros do conselho. Presidente da think tank conservadora Heritage Foundation, ele é um notório aliado de Trump e favorável a causas que lutam contra o aborto e a criação de políticas públicas que protejam transsexuais e a comunidade LGBT+. Ele também se posicionou a favor do muro separando os Estados Unidos e o México.
FONTE: Canaltech | Foto: Pixabaay