Uma rede com 46 investidores com amplo conhecimento do ecossistema da construção civil interessados em trazer inovação para fomentar o setor. É o que propõe a Construtech Angels, anunciada pelo CEO da Construtech Ventures, um veículo de investimentos, Bruno Loreto. A rede é fruto da parceria entre a Ventures e a Anjos do Brasil, organização de incentivo ao investimento-anjo no país.
O portal StartSe informou que, durante a apresentação da Construtech Angels, Bruno Loreto destacou dois dados importantes sobre o mercado de construção, arquitetura e imobiliário no Brasil. Um é o crescimento dos investimentos em construtechs: de R$ 327 milhões em 2018 a R$ 289 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano. O outro é que, dentre todos os setores do mercado mundial, o de construção é o segundo pior em adoção de inovações tecnológicas.
O investidor-anjo, informa o portal, é um agente responsável por trazer aporte financeiro e expertise para startups em fase inicial. Para construtechs, diz a matéria assinada por João Ortega, esta figura tem importância ainda maior, por estarem inseridas em um setor resistente à adoção de novas tecnologias.
Existe, portanto, um grande espaço pouco explorado para empresas iniciantes que querem trazer inovação na área, assim como um interesse crescente de investidores. Com investidores-anjo, as startups vão ter o conhecimento e o capital necessários para se inserirem e revolucionarem este mercado no país.
Os primeiros encontros da rede aconteceram em janeiro e fevereiro, em São Paulo. “Do total de investidores, cerca de 70% estão investindo em startups pela primeira vez. Isso porque a Construtech Angels busca pessoas experientes no setor da construção, não necessariamente em investimento-anjo”, explicou Bruno Loreto à reportagem da StartSe.
O grupo conta com 46 participantes. Destacam-se nomes como de Claudia Rosa Lopes, investidora-anjo que já tem 8 startups na carteira, ex-executiva da PwC e da IBM; Guilherme Carlini, ex-diretor da Gafisa e atual country manager do Grupo Lar; e Nicolaos Theodorakis, empresário do setor de construção.
“Nos encontros abordamos temas em evidência no setor, como inteligência artificial, criptoativos no mercado imobiliário, construção modular e novos modelos de negócio”, revela o CEO. “Temos rodadas previstas para apresentar aproximadamente 15 startups aos investidores até o fim do ano”,
O maior desafio está em superar a resistência do setor, estabelecido por grandes construtoras e incorporadoras, a novidades tecnológicas. “Os melhores caminhos são o de apostar em soluções que tragam agilidade e economia a processos, reduzam desperdícios, e criem informações mais precisas sobre o canteiro de obra para tomada de decisão”, analisa Bruno Loreto. “O potencial, tanto para startups quanto para investidores, é enorme”, disse à StartSe.
FONTE: StartSe | Foto: Pixabay