
Os temas discutidos no evento “Os Juízes e as Mídias Sociais”, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça, deverão servir de guia para a formulação de uma série de normas sobre o comportamento de integrantes da magistratura e servidores do Poder Judiciário nas mídias digitais de comunicação. A informação está no portal do CNJ.
Mais de 100 magistrados participaram dos debates, finalizados nesta quarta-feira (3/4), na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. As sugestões serão usadas para a edição de orientações, formuladas pela Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, do CNJ.
Entre as questões consideradas sensíveis está o compartilhamento de mensagens de propaganda em relação a cursos e conteúdo. Também foi debatido e sugerido que os juízes evitem entrar em grupos que interfiram negativamente no decoro de suas funções, como, por exemplo, sites que fomentam discurso de ódio (racismo, homofobia ou violência).
Outra orientação considerada relevante apresentada pelos participantes do evento está na forma como devem responder (ou não) críticas nas redes sociais. A recomendação, a princípio, é de evitar a defesa individual e direta, deixando para a instituição à qual o magistrado é ligado assumir esse posicionamento.
Foi abordada ainda a necessidade urgente da promoção de cursos de atualização sobre as mídias e seu alcance, assim como a inclusão do tema nos cursos de formação dos juízes.
Dados apresentados no evento pela representante das Nações Unidas Cristina San Juan Serrano sobre o posicionamento dos magistrados nas redes sociais mostrou que 85,7% dos juízes em todo mundo usam as redes sociais. Um total de 96,43% não acha que deve haver proibição ao uso das redes pelos magistrados.
Segundo a pesquisa, 56,25% são a favor da regulamentação do uso. Quase 73% dos magistrados nunca receberam formação sobre redes sociais, mas 81% entendem que precisam de algum tipo de formação.
FONTE: CNJ | Foto: Pixabay