Pelo menos dez startups brasileiras podem se tornar, em breve, unicórnios, que são aquelas empresas de tecnologia avaliadas em mais de US$ 1 bilhão no mercado. Segundo matéria trazida pelo canal Link, do jornal Estado de São Paulo, há uma nova geração de criaturas mágicas se preparando para dar as caras no Brasil.

A reportagem de Bruno Capelas e Mariana Lima diz que um estudo feito pelo centro de inovação Distrito Fintech e pela consultoria KPMG, revelado com exclusividade ao Estado, há pelo menos dez startups nacionais que podem em breve se tornar unicórnios.

São elas: Creditas (crédito), Neoway (big data), ContaAzul (contabilidade), Ebanx (pagamentos), Grow (mobilidade), Resultados Digitais (marketing digital), VivaReal, Quinto Andar (ambas de serviços imobiliários) CargoX e Loggi (entregas).

É um grupo mais diverso, diz a reportagem, seja em setor de atuação ou local de origem que os atuais unicórnios brasileiros – no estudo da Distrito, apareceram com esse status 99, Nubank, iFood, Stone, Arco Educação e Gympass, ficando de fora o PagSeguro e a Movile, que controla o iFood.

Outro destaque é a quantidade de empresas relacionadas a serviços financeiros, sejam fintechs ou de áreas próximas, como contabilidade. “É natural porque é um setor que tem crescido muito no Brasil”, afirmou à reportagem Gustavo Gierun, cofundador do Distrito – segundo estimativa do centro de inovação, há cerca de 800 fintechs no País.

O espanhol Sergio Furio, presidente da Creditas, não gosta do termo “fintech”. Para ele, os bancos sempre foram empresas de tecnologia. No Brasil desde 2012 realizando empréstimos pessoais a partir de garantias como automóveis e imóveis, ele comemora os números: no ano passado, a receita da Creditas subiu cinco vezes. Hoje, a empresa tem 600 funcionários em São Paulo – três quartos deles, na área de tecnologia – e pretende chegar a mil até o fim do ano.

Para chegar à lista de empresas, o Distrito preparou uma seleção com 20 startups que chamaram atenção no mercado recentemente. Depois, reuniu 36 especialistas no setor, entre investidores, fundos, aceleradoras e grandes empresas ligadas à inovação para votar naquelas que mais se destacavam, chegando ao grupo final.

Com exceção da Grow, joint venture de bicicletas e patinetes elétricos entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, todas as companhias listadas no estudo foram fundadas antes de 2019. “Não são negócios que se constroem da noite para o dia”, afirma Rafael Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). “É um aspecto presente em startups que prestam serviços para empresas, no qual é preciso ter mais credibilidade para conquistar clientes.”

Um bom exemplo disso é a Neoway, veterana da lista: fundada em 2002 pelo catarinense Jaime de Paula, a startup usa inteligência artificial para auxiliar empresas a crescer. “Conseguimos analisar a base de clientes de uma indústria e saber se eles podem vender mais ou avisá-los quando novos clientes surgirem”, diz de Paula.

FONTE: Link, do Estadão | Foto: Pixabay

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