A Segunda Turma da corte analisou hoje (10) a atuação de Moro durante o processo que condenou Lula por receber um tríplex no Guarujá como propina

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques pediu vista do processo que analisa a suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro e, assim, a decisão do julgamento foi adiada. A Segunda Turma da corte analisou hoje (10) a atuação de Moro durante o processo que condenou Lula por receber um tríplex no Guarujá como propina. A informação é do UOL.

O processo estava sob vistas do presidente da Turma, Gilmar Mendes, desde dezembro de 2018. O ministro Nunes Marques pediu vista, que é quando se retira o processo de julgamento para formar opinião sobre o tema, e se desculpou. Não há data definida para a devolução do pedido de vista e para a continuidade do julgamento.

O placar da votação está, até o momento, empatado em 2 a 2. Hoje votaram Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, ambos contra Moro (ou seja, a favor da suspeição do ex-juiz). Já Edson Fachin, que é o relator do processo, e Cármen Lúcia haviam votado em 2018 a favor de Moro (contra a suspeição), antes da revelação dos diálogos da Vaza Jato, que revelaram conversas entre Moro e membros da operação Lava Jato.

O julgamento

A Segunda Turma do STF decidiu retomar hoje o julgamento de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, impondo uma derrota ao ministro Edson Fachin que pedia o adiamento. Fachin tentava tirar o processo de análise e chegou a pedir ao presidente do Supremo, Luiz Fux, uma decisão para adiar o julgamento, mas não foi atendido. Ontem, Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e remeteu esses processos da Lava Jato à Justiça Federal do Distrito Federal. Ainda não foram distribuídos, mas os dois casos relacionados ao Instituto Lula, Sítio de Atibaia e Tríplex do Guarujá vão tramitar ou na 10ª Vara ou na 12ª Vara da capital.

A Segunda Turma, presidida por Gilmar Mendes, é onde correm os processos relacionados à Lava Jato. À época do pedido de suspeição, em 2018, a Turma ainda contava com Celso de Mello, que se aposentou ano passado. Ele foi substituído por Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (sem partido).

FONTE: UOL | FOTO: Fellipe Sampaio (STF)