Em entrevista nesta terça, presidente acusou ministro de “interferência política” e o chamou de “criminoso”

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso respondeu, nas redes sociais, a acusações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que o chamou de “criminoso” nesta terça-feira (2), e falou que “mentir precisa voltar a ser errado”.

“Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a três convites oficiais. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores”, escreveu Barroso no Twitter.

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Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a TRÊS CONVITES OFICIAIS. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores.

Em entrevista à rádio Guaíba nesta terça, Bolsonaro atacou Barroso por ter se reunido, em 2021, com líderes partidários na época da tramitação da PEC do Voto Impresso, patrocinada pelo presidente, no Congresso ― o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) era também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na ocasião.

A proposta defendida por Bolsonaro foi analisada na Câmara dos Deputados, mas não obteve os votos necessários para ser aprovada.

“Ele era presidente do TSE, foi para dentro do Parlamento e se reuniu com uma dezena de líderes e, no dia seguinte, vários líderes trocaram os integrantes da comissão de modo que eles votaram contra a PEC do Voto Impresso. Foi para o plenário, nós ganhamos, mas não conseguimos 308 votos [para aprovar a PEC]. Perdemos”, criticou o presidente.

“Então foi uma interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso, uma interferência política, um crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, acusou.

FONTE: CNN Brasil | FOTO: STF