CFL deixa a estrutura da Vicunha e deterá sua participação de 10,25% na siderúrgica por meio de uma subsidiária própria
A CSN disse no início desta terça-feira (22) que seus acionistas indiretos CFL Participações e Rio Purus assinaram acordo para reestruturar suas participações na companhia e encerrar disputas judiciais.
A CSN é controlada pela Vicunha Aços –na qual Rio Purus e CFL têm participação–, veículo da família Steinbruch dono de 51,2% da siderúrgica, conforme documento regulatório do início do mês.
Pelo novo acordo, a CFL deixa a estrutura da Vicunha e deterá sua participação de 10,25% na CSN por meio de uma subsidiária própria. A Vicunha passará a ser controlada exclusivamente pela Rio Purus, mantendo fatia de 40,99% na siderúrgica.
Além da Vicunha, a Rio Purus ainda detém atualmente uma participação adicional de 3,45% na CSN por meio da Rio Iaco, que será mantida desse modo.
“A subsidiária da CFL e a Vicunha Aços, com a interveniência e anuência da CFL, Rio Purus, e da CSN, celebrarão acordo de acionistas regulando, dentre outras matérias, a orientação de voto para eleição do conselho de administração da CSN”, disse a CFL em comunicado tornado público pela CSN.
O acordo assinado envolve, entre outras questões, um direito de preferência em favor da Vicunha na venda das ações da CSN detidas pela subsidiária da CFL.
O acerto ainda inclui regra que impede a venda de ações da CSN detidas pela subsidiária da CFL por nove meses (lock up) e que passado esse período as vendas terão volume limitado.
Além disso, as partes acordaram votar favoravelmente em assembleia de acionistas a um dividendo de até R$ 2,31 bilhões a ser pago a partir de 2 de dezembro que seria adicional à remuneração de R$ 1,56 bilhão aprovada pelo conselho de administração da CSN na segunda-feira (21). O valor de R$ 2,31 bilhões já inclui R$ 452,2 milhões aprovados em abril por assembleia.
Parte do acordo, a subsidiária da CFL terá de acompanhar voto da Vicunha Aços ou se abster sobre eleição de nomes para cargos da administração da CSN.
O acordo depende da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
FONTE: Folha Online | FOTO: Pixabay