Anderson Torres afirma que ninguém gostaria de ter encontrado restos mortais, mas elogia trabalho da PF
O ministro da Justiça, Anderson Torres, classificou como “crime cruel” e “uma maluquice” o caso envolvendo o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira, 41, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57.
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Nesta quarta-feira (15), a Polícia Federal divulgou que um dos suspeitos investigados confirmou participação no assassinato dos dois.
Segundo a PF, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, indicou às autoridades o local onde enterrou os corpos, bem como onde ocultou a lancha em que viajavam Pereira e Phillips.
O próprio ministro da Justiça disse nas redes sociais, na noite de quarta, que “remanescentes humanos” foram encontrados nas buscas, pouco antes da divulgação oficial —em forma de entrevista em Manaus.
A polícia aguardará os resultados de perícias para confirmar se os corpos encontrados são deles.
“É um crime cruel, uma maluquice. Me solidarizo com a família dos mortos. Estou profundamente triste pelo acontecido. Ninguém gostaria de encontrar restos mortais de ninguém, mas foi um trabalho [de investigação] espetacular que foi feito. Queríamos ter encontrado os dois vivos”, afirmou.
“O esforço foi muito grande. Ainda falta bastante coisa, precisa achar o barco e terminar a materialidade e autoria do crime. A região é muito difícil”, completou o ministro.
A PF ainda apura a motivação do crime. Investigadores que atuam no caso têm afirmado reservadamente que as evidências e provas até o momento reforçam a hipótese de que as atividades ilegais de pesca e a caça na região são o pano de fundo do assassinato de Pereira e Phillips.
Ainda assim, a polícia não descarta outras possibilidades e trata o cenário como nebuloso.
FONTE: Folha Online | FOTO: EBC