Por Fernando Amaral

Wall Street despencou na sexta-feira, com os investidores saindo de ativos mais arriscados devido às novas preocupações sobre a recuperação econômica global, depois que um novo coronavírus e uma possível variante do coronavírus resistente à vacina foram identificados na África do Sul. O Dow Jones caiu 2,5% para níveis mais baixo nos últimos 30 dias, o S&P 500 caiu 2,3% aproximando-se dos valores observados no final de outubro, e o Nasdaq Composite caiu 2,2% para níveis observados em 29 de outubro. Ativos cíclicos, relacionados a viagens e pequenas empresas estiveram entre os maiores perdedores, ou seja, Royal Caribbean (-13,2%), United Airlines (-9,6%), American Airlines (-8,8%), American Express (-8,6%) e Boeing (-5,4%). Enquanto isso, ações relacionados à vacina subiram forte e o varejo doméstico amorteceu quedas. A Moderna saltou 20,6% e as ações da Pfizer subiram 6,1%, enquanto a Zoom subiu 9,1%, a Verizon +0,3%. Na semana, as três principais médias registraram perdas, o Dow Jones fechou em 2,0% abaixo, o S&P caiu 2,2% e o Nasdaq Composite despencou 3,5%.

O Ibovespa fechou ontem em queda de 3,39% a 102.224 pontos, com apenas dos papéis em alta, pressionado especialmente pelas empresas ligadas à reabertura, em meio à aversão ao risco global com a nova variante do coronavírus, e às commodities. Na semana, caiu 0,79%. Esses fatores também elevaram o dólar futuro hoje em 0,80,% a R$5,615, mas ainda com queda de 0,08% na semana. Já a curva de juros aliviou, em expectativa por menor pressão inflacionária após o recuo nos preços das commodities, com os contratos caindo em até 19,5 pontos-base.

Fernando Amaral possui 25 anos de experiência em finanças corporativas com passagem em empresas multinacionais como Coats Correntes, Souza Cruz, Oi. Foi professor de Finanças na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atualmente leciona finanças e economia em universidades de âmbito estadual e nacional. É embaixador do Traders Club no Rio Grande do Norte.

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