
Junto com seus pais, Fredinho realiza seu sonho de empreender com a Dufred Gastronomia e vende seus molhos artesanais utilizando divulgação pelas redes sociais e aplicativo Whatsapp
Marline Negreiros, especial para o Portal Juristec
Sonhar. Superar. Empreender. Esses são verbos que o potiguar Frederico Augusto da Silva de Carvalho Filho, conhece na prática. Com 20 anos, é a primeira pessoa com síndrome de Down a cursar nível superior em gastronomia e será a primeira a se graduar na área no Rio Grande do Norte. Já no 4º ano e último período da faculdade, Fredinho, como é mais conhecido, torna a cada dia junto com seus pais, o sonho de empreender, uma realidade. O jovem empresário já se forma no próximo mês.

Ele e o pai, o jornalista Fred Carvalho, entraram juntos na faculdade de gastronomia. Fredinho demonstrou o gosto de fazer alguns molhos, como pesto e pomodoro. Eles contam que a partir daí, viram a oportunidade de empreender, vendendo os molhos artesanais que já produziam. “A mãe dele, Milena Araújo, pediu demissão do emprego que estava ano passado e resolveu ajudar Fredinho na realização do sonho dele. Ele produz os molhos, mas sob a supervisão e orientação da mãe”, explica Fred Carvalho. Então a Dufred Gastronomia (@dufredgastronomia), molhos e antepastos artesanais, surgiu e segue crescendo.
Os desafios de empreender existem, mas com dedicação e utilizando o auxílio da tecnologia das redes sociais, Fredinho conquista seus clientes dia a dia. Toda divulgação e negociação é pelas redes sociais. Fora isso, só a tradicional “propaganda boca a boca”. “Essas ferramentas são fundamentais para que o nosso negócio dê certo. É através delas que nos mostramos para o mundo e conseguimos vender nossos produtos”, afirmam.
O pai, a mãe e Fred filho afirmam que a maior lição é acreditar no potencial que todos nós temos. Nunca Fredinho e os pais dele viram a síndrome de Down como um limitador, algo que o tornaria incapaz. Pelo contrário: sempre acreditaram e investiram no potencial dele, na educação transformadora.
Sobre o futuro, eles afirmam que há um projeto a curto prazo: poder aumentar a capacidade de produção para dar vazão à demanda. “A longo prazo, há outros projetos, mas ainda estão em fase de análise e estudo de mercado”, explica Fred.