Um advogado pernambucano, procurado pela Interpol por suspeita de golpes em quatro estados brasileiros, foi preso no domingo (6) pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de São Paulo, conhecido como Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A informação está no portal G1.
Rodolfo José Cottard Giestosa Filho, de 33 anos, estava foragido da Justiça desde 23 de maio, quando foi decretada a sua prisão. Em 16 de julho seu nome foi incluído na difusão vermelha da Interpol.
O advogado foi preso quando desembarcou em Guarulhos vindo de um voo de Los Angeles, nos Estados Unidos. Antes de ser detido ele estava morando em Portugal.
Golpes
Rodolfo é investigado por golpes aplicados durante o oferecimento de emissão de documento de cidadania estrangeira e de revalidação de diploma para profissionais que querem trabalhar fora do Brasil.
Ao todo, 34 pessoas relataram ter sido vítimas do advogado, que era contratado para realizar o serviço.
Em Pernambuco, oito pessoas prestaram queixa nas delegacias da Madalena, na Zona Oeste do Recife, e de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade. As outras 26 vítimas moram em outros estados, como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.
As vítimas relataram à polícia que o advogado solicitava pagamento adiantado para realizar serviços especializados na emissão de cidadania estrangeira, abertura de empresa na Europa e revalidação de diploma para profissionais formados que desejam trabalhar fora do país.
De acordo com a investigação, o advogado solicitava pagamento adiantado entre R$ 6.500 e R$ 9.500 reais. Depois que ele recebia o dinheiro, desligava o aparelho celular e não dava mais satisfações às pessoas.
OAB
Rodolfo tem dois registros na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): um em Pernambuco e outro no Distrito Federal.
Por meio de nota, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PE informou que:
1) solicitará à autoridade policial competente as informações consolidadas no respectivo inquérito, para a apuração necessária; e
2) esclarece que o procedimento administrativo disciplinar tramita sob sigilo, por força de lei, não podendo ser prestada qualquer informação adicional.
FONTE: G1 | Foto: Reprodução Internet