
As operadoras de telefonia decidiram bloquear chamadas feitas do aparelho de cada cliente para sua própria linha, tanto por linhas convencionais quanto pela internet (Voip). A informação é da Folha de S. Paulo.
A medida ocorre após a operação da Polícia Federal, na semana passada, que prendeu quatro pessoas suspeitas de estarem envolvidas no ataque a contas de Telegram de autoridades da Lava Jato.
Na investigação, a PF descobriu uma vulnerabilidade na rede de telecomunicações que fazia com que chamadas em que o número de origem era igual ao número de destino eram direcionadas diretamente para a caixa-postal, sem necessidade de uma senha.
Normalmente, cada operadora oferece um atalho (como *100) para que seus clientes acessem a caixa postal, sempre com a exigência de senhas.
Outra medida foi o bloqueio “radical” de chamadas feitas pela internet (Voip) usando números que não pertençam à empresa que efetua a chamada.
O hacker usou o número do celular do ministro Sergio Moro (Justiça) em chamadas pela internet (Voip) para conseguir a senha do Telegram e efetuar a invasão.
Segundo a PF, o autor do ataque tinha um serviço oferecido pela empresa de Voip que permite editar o número chamador.
Hoje, a legislação permite que serviços de voz sobre IP (Voip) mascarem o telefone que realiza a chamada. No entanto, as empresas só podem oferecer números de seu próprio cardápio e que não estejam em funcionamento.
O que ocorreu com o ministro Moro, que recebeu chamadas de seu próprio número feitas pelos hackers, constitui uma infração passível de punição pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
FONTE: Folha de S. Paulo | Foto: Pixabay