
O Ministério Público do Estado de SP entrou com uma ação civil pública para que o Google retire do ar vídeos de youtubers mirins que fazem propaganda velada de produtos para o público infantil. A informação está na coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Segundo ela, o processo teve origem em um inquérito civil para investigar o “uso de estratégias abusivas de comunicação mercadológica dirigida ao público infantil” numa ação da Mattel do Brasil divulgada pela youtuber mirim Júlia Silva.
Em doze vídeos, contou a jornalista, a youtuber lançava desafios relacionados aos personagens da Monster High. Os vencedores eram convidados a participar de um evento na sede da empresa.
De acordo com Bergamos, a assessoria psicossocial do MP analisou o tema. E concluiu: “Diversas empresas, aproveitando-se da hipervulnerabilidade tanto da criança youtuber como da criança espectadora, passaram a enviar seus produtos a esses influenciadores digitais para que eles os desembrulhassem, apresentassem, como verdadeiros promotores de vendas”.
O promotor Eduardo Dias decidiu, segundo Monica Bergamo, pedir à Justiça a retirada dos vídeos do YouTube. E notificou empresas que aderiram à prática para tentar um acordo em que elas se abstenham de fazer propaganda disfarçada por meio de influenciadores mirins.