A startup McCarthyFinch desenvolveu uma plataforma de inteligência artificial dedicada a resolver tarefas chatas e trabalhosas dos escritórios de advocacia. A empresa é um dos destaques do TechCrunch Disrupt, que acontece até amanhã, em São Francisco.

A McCarthyFinch é um projeto de intraempreendedorismo da MinterEllisonRuddWatts, importante escritório de advocacia na Nova Zelândia. “A ideia inicial era entender como usar inteligência artificial para automatizar processos legais, tornando-os mais eficientes, econômicos e rápidos”, disse Nick Whitehouse, cofundador da startup. A reportagem é da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

“A equipe começou a trabalhar para alavancar a tecnologia para ser o escritório de advocacia do futuro e viram que havia muitas lacunas”, explicou. Para resolver a questão, 30 advogados uniram-se a um grupo de pesquisadores que trabalham com inteligência artificial para encontrar soluções.

Para criar a solução, o empreendedor analisou a automação de diversas tarefas como revisão de documentos legais e a classificação deles. “Os advogados gastam muito tempo classificando documentos em relação a sua relevância e isso não é um bom uso do tempo, já que a IA pode fazer isso com milhões de documentos muito rapidamente”, disse Whitehouse. A redução de tempo pode ser de semanas do trabalho manual para minutos.

Ele diz que um dos principais diferenciais do serviço é o uso do processamento de linguagem natural, que permite à empresa entender a linguagem e as nuances para interpretar documentos com alto nível de precisão. Em vez de exigir milhares de documentos para treinar seus modelos – que ele diz que os escritórios de advocacia não têm tempo para fazer – eles podem começar a entender a essência de um caso em apenas dois ou três documentos com 90% de precisão, com base em seus documentos-testes.

História

O grupo de funcionários virou empreendedor (e startup) em 2017, já como uma plataforma de inteligência artificial oferecendo 18 serviços. A MinterEllison e a também neozelandesa VC Goat Ventures aportaram US$ 2,5 milhões em dinheiro para que ela deslanchasse.

Eles não pretendem vender a plataforma diretamente para escritórios de advocacia. Em vez disso, esperam comercializar suas habilidades de inteligência artificial como um serviço para outros fornecedores de software da área jurídica que estejam buscando inteligência artificial sem ter de desenvolver a sua própria do zero. “O que estamos fazendo é apresentar nossa solução para os provedores de serviços de tecnologia. Temos APIs fáceis de integração com qualquer tecnologia para fazer um modelo powered by ”, explicou Whitehouse a PEGN.

Entre os atuais clientes estão, segundo ele, o maior escritório de advocacia da Europa, o maior fornecedor global de informações jurídicas e uma empresa de SaaS. Também estão trabalhando em acordos com grandes integradores de sistemas, incluindo a Deloitte e a Accenture, para atuarem como revendedores de sua solução.

Para avançar, pretendem realizar uma nova rodada de financiamento e abrir um escritório em Los Angeles logo após o TechCrunch, mas os engenheiros devem permanecer na Nova Zelândia.

FONTE: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

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