Um procedimento de mediação que misturou o uso de métodos clássicos com meios modernos de comunicação, entre eles a escuta ativa e o rapport – técnica de criar uma ligação de empatia com outra pessoa, para que se comunique com menos resistência, com a identificação de questões, interesses e sentimentos comuns –, resultou na resolução de um conflito familiar que já se estendia por bom tempo.

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Em pouco mais de cinco meses, um casal separado após conviver em união estável acertou com sucesso o resgate de valor considerável de pensão alimentícia devida ao filho, ainda que as partes tivessem literalmente um oceano de distância entre elas. O homem, morador da Grande Florianópolis, a mãe e o filho, residentes em Portugal, acompanhados por seus advogados e auxiliados por mediadores, participaram de sessões em ambientes virtuais pelas ferramentas Google Meet e WhatsApp, no formato da Shuttle Mediation, o que possibilitou a projeção futura e resolutiva do conflito.

O acordo firmado envolve o pagamento de R$ 53 mil, que será realizado de maneira parcelada. Assim, os bens indisponíveis do homem foram liberados de suas restrições, excetuado apenas um, que assim permanecerá até o cumprimento integral do débito, que inclui pensão alimentícia até o ano de 2029. O acordo foi homologado judicialmente e finalizou, também, os demais processos atrelados à demanda.

Para além do acerto dos valores, a mediação obteve também o que se pode chamar de pacificação em parte da antiga família, uma vez que pai e filho restabeleceram a comunicação até então abalada e hoje trocam mensagens sobre fatos corriqueiros e combinam o próximo encontro. Só não se sabe ainda se em terras portuguesas ou brasileiras.

FONTE: TJSC | FOTO: Pixabay