Ciro Nogueira era investigado por supostas propinas para grupo J&F apoiar reeleição de Dilma Rousseff

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber arquivou, nesta sexta-feira (3/6), uma investigação contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). Ela seguiu o pedido da vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nogueira era investigado por receber propinas do grupo J&F, que teria negociado o apoio do Progressistas à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

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O inquérito também investigava o ministro por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A conclusão da PGR é contrária ao entendimento da Polícia Federal (PF), que, em 8 de abril, informou ao Supremo ter concluído que Ciro Nogueira cometeu os crimes relatados.

O arquivamento de processo pelo STF depois de indicação da PGR é praxe entre os magistrados.

Em manifestação nos autos do Inquérito 4736, a PGR analisou que é preciso “reconhecer que a apuração não reuniu suporte probatório mínimo (justa causa em sentido estrito) que ampare o oferecimento da denúncia em desfavor do parlamentar”, diz o documento destinado à ministra.

Segundo as investigações, que tiveram início em 2018, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, supostamente pagou propina ao PP em troca de apoio para a reeleição da então presidente Dilma. Nogueira preside o PP desde 2013.

Em depoimento à PF, Joesley disse que o pagamento da propina envolveu a entrega de uma mala com R$ 500 mil a Ciro Nogueira. A PGR, no entanto, entendeu que não há lastro comprobatório.

FONTE: Metrópoles | FOTO: EBC