Foram US$ 1,599 bilhão (R$ 8,2 bilhões) enviado ao exterior e US$ 3,921 bilhões (R$ 20 bilhões) recebidos

Com aumento de 15,4% em relação a 2020, os envios e recebimentos de dinheiro realizados por brasileiros chegaram a US$ 5,520 bilhões (R$ 28,2 bilhões) em 2021. Foram US$ 1,599 bilhão (R$ 8,2 bilhões) enviado ao exterior e US$ 3,921 bilhões (R$ 20 bilhões) recebidos: as altas são de 8,69% e 18,39%, respectivamente.

Os dados são do Banco Central do Brasil (Bacen) e foram compilados pela plataforma digital de transferências internacionais Remessa Online. EUA, Reino Unido e Portugal são os países com maior volume transacionado com o Brasil. O fluxo entre Brasil e EUA foi de US$ 2,329 bilhões (R$ 11,9 bilhões, 42,19%). Reino Unido, com US$ 851 milhões (R$ 4,35 bilhões, 15,41%), e Portugal, com US$ 487 milhões (R$ 2,5 bilhões, 8,82%), vêm em seguida. Juntos, eles concentraram 2 de cada 3 dólares transferidos em 2021.

Alexandre Liuzzi, diretor de estratégia da Remessa Online, diz que as operações de transferência envolvendo pessoas físicas estão aquecidas. “De um lado, houve crescimento de 35% no total de brasileiros fora do país. Ao mesmo tempo, as soluções digitais para transferência de valores se tornaram mais eficientes e tiveram redução de custo, comparadas aos bancos tradicionais”.

Além disso, a possibilidade de ter patrimônio e investimentos fora do Brasil também atraem os brasileiros. “Principalmente porque esses fatores são avaliados nas concessões de vistos de permanência e cidadania”, destaca.

Em geral, os brasileiros recebem mais dinheiro do exterior do que enviam. A exceção é Portugal: o país recebeu US$ 270 milhões do Brasil e enviou US$ 217 milhões. EUA e Portugal têm as maiores comunidades brasileiras vivendo legalmente no exterior, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Nos EUA são 1,7 milhão de brasileiros e a forte desvalorização do real em relação ao dólar fez o país liderar as entradas no Brasil destinadas a pessoas físicas em 2021: foram US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões), 28,91% acima do movimentado em 2020.

FONTE: Canaltech | FOTO: Reuters