
O dado é do mês de janeiro e foi levantado pela Abinee, a associação que representa o setor
Após a crise imposta ao setor automobilístico, agora é a vez das fábricas de eletroeletrônicos sentirem a falta de chips em suas linhas de produção. A situação é tão crítica que 15% dos fabricantes de celular, notebook e televisão tiveram que interromper parte das operações justamente em razão da ausência dos componentes eletrônicos. O dado é do mês de janeiro e foi levantado pela Abinee, a associação que representa o setor.
Crise dos semicondutores
Trata-se do maior percentual de paradas forçadas desde que a entidade começou a apurar os dados mensalmente dos seus associados por conta da crise de abastecimento.
De acordo com o relatório, cerca de 36% das fábricas notaram atrasos na produção e também nas entregas justamente pela falta dos semicondutores. Pelo mesmo motivo, metade das empresas teve o funcionamento afetado ao longo de dezembro.
Dificuldade em encontrar chip atinge sete em cada 10 fábricas
A crise no fornecimento de semicondutores é tão drástica que sete em cada 10 empresas têm enfrentado dificuldade para encontrar os produtos que são fundamentais na montagem dos eletroeletrônicos, o que corresponde a 73% do mercado brasileiro.
Apesar do momento crítico, grande parte das companhias acredita que essa crise no abastecimento será resolvida até o fim de 2022. Ao contrário das montadoras, até o momento nenhuma fábrica de eletroeletrônicos teve que parar a produção totalmente até esta terça-feira (1).
Segundo a Abinee, cerca de 26% das empresas do segmento estão com os estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal.
Entre os motivos que explicam a situação, está a operação padrão que vem sendo realizada pela Receita Federal nos portos brasileiros, causando atrasos na liberação das cargas importadas, a grande maioria da China.
Além disso, o sumiço dos chips do mercado é explicado também pela pandemia da Covid-19, que desorganizou as cadeias de produção, trazendo inúmeros obstáculos, principalmente na logística
FONTE: Olhar Digital via InfoMoney | FOTO: Pixabay