
Todas as porcentagens foram calculadas de acordo com as respostas dos entrevistados brasileiros, que somaram 5 mil usuários
Conteúdos políticos publicados no Facebook são a principal fonte de desinformação no Brasil. A constatação teria sido feita pela própria rede social após a realização de pesquisa interna com usuários em sete países: Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão e Reino Unido. Em solo brasileiro, cerca de 60% dos entrevistados teriam declarado que ali é onde a desinformação crônica reside — nos EUA, esse número foi de pouco mais de 30%, enquanto na Colômbia o índice chegou a 66%.
As informações foram publicadas pelo jornal Estado de S.Paulo e extraídas de um estudo vazado, cujo objetivo era mapeamento as categorias nas quais há maior incidência de “desinformação cívica”, terminologia empregado pelo levantamento para designar notícias falsas. Dados da pesquisa revelam que a segunda maior marca de alcance em desinformação cívica no Brasil são artigos em sites, com cerca de 59% das incidências, seguida pelas categorias de piadas (42%), publicidade (32%), contas falsas (25%), fraudes (23%) e mensagens de spam (20%).
Todas as porcentagens foram calculadas de acordo com as respostas dos entrevistados brasileiros, que somaram 5 mil usuários nos apps da empresa. A total de participantes que efetivamente respondeu sobre o Facebook não foi apresentada no relatório, portanto os dados podem incluir também números referentes ao Instagram, Messenger e WhatsApp.
Segundo o Facebook, os resultados da pesquisa não medem a “prevalência ou a quantidade de um determinado tipo de conteúdo” nos serviços da companhia.
Esses dados são parte integrante do chamado Facebook Papers, um conjunto de documentos vazados para um consórcio internacional de veículos de imprensa que contempla o Wall Street Journal, New York Times, Le Monde, The Guardian e o próprio Estadão. Já foram publicados diversos outros materiais que revelam impactos na saúde mental de adolescentes, criação de produtos para crianças de seis anos,
FONTE: Canaltech via Estadão | FOTO: Pixabay