
Os youtubers Castanhari e Nyvi dizem que termos pejorativos e sexistas foram escritos no lugar de seus nomes nos comprovantes eletrônicos de vacinação. Já Felipe Neto disse que o seu óbito foi registrado no sistema. As informações estão sujeitas à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Os youtubers Felipe Neto, Felipe Castanhari e Nyvi Estephan relataram nesta quarta-feira (27), pelas redes sociais, que tiveram seus dados alterados ilegalmente na sistema cadastral do SUS, que está sob responsabilidade do Ministério da Saúde (MS).
Em nota, o Ministério da Saúde disse que “as alterações indevidas foram corrigidas” e que os acessos dos usuários que fizeram a modificação dos dados “foram bloqueados pelo Departamento de Informática da pasta (DataSUS)”. A pasta não deu mais detalhes sobre os usuários que estaria por trás das mudanças, mas disse que “tomará medidas adequadas para apuração e mitigação do ocorrido”.
Segundo o casal Castanhari e Nyvi, termos pejorativos e sexistas foram escritos no lugar de seus nomes nos comprovantes eletrônicos de vacinação contra Covid-19 que obtiveram pelo aplicativo oficial do MS, o Conecte SUS.
Quando percebeu que o nome estava alterado, a apresentadora pediu ao namorado, Felipe Castanhari, que também emitisse o certificado de imunização, no qual apareceu uma “piada” onde deveria constar o nome do rapaz.
Ao compartilhar o caso no Twitter, o também youtuber Felipe Neto respondeu à publicação de Castanhari revelando que seus dados também teriam sido manipulados e seu óbito ilegalmente registrado no sistema do SUS.
Após a grande repercussão que os relatos tiveram nas redes sociais, nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde se manifestou sobre o caso de Castanhari e Nyvi pelo próprio Twitter, em sua conta verificada, lamentando pelo ocorrido e dizendo que uma averiguação interna seria realizada para esclarecer os fatos.
De acordo com a Portaria Nº 1.434, publicada no Diário Oficial da União em maio de 2020, que estabelece a adoção do Conecte SUS para a formação de uma Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), cabe ao Departamento de Informática do Ministério da Saúde “promover a integração e interoperabilidade das informações em saúde” da rede.
FONTE: G1 | FOTO: Reprodução internet