
Sertanejo Zé Neto pede R$ 30.731,00 por ter sido acusado de maus-tratos a animais enquanto realizava uma romaria de Camanducaia (MG) a Aparecida (SP).
O cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, entrou com uma ação contra a ativista e protetora de animais Luisa Mell por danos morais. Morador de São José do Rio Preto (SP), o sertanejo pede R$ 30.731,00 por ter sido acusado de maus-tratos a animais enquanto realizava romaria de Camanducaia (MG) a Aparecida (SP). A informação é do G1.
No mês passado, Luiza Mell publicou vídeos nas redes sociais criticando Zé Neto por supostamente percorrer o trajeto em cima de um único burro. O sertanejo rebateu diretamente a protetora de animais e deixou claro que entraria com processo.
“E você, Luísa Mell, cuidado com o que você posta, tá? Porque tudo que você tá postando cai em um processo gigantesco contra você. Eu não maltrato animal. Eu duvido animal mais bem tratado do que os que estão fazendo a romaria. Inclusive, nessa romaria, não vou te desejar mal, vou rezar por você, porque você é uma pessoa que precisa de ajuda. Apoio muito as coisas que você faz, mas, antes de você postar, presta atenção”, disse na época.
Na ação, os advogados de Zé Neto alegam, entre outras coisas, que a publicação feita por Luisa Mell é inverídica e causou prejuízos negativos à imagem do cantor. Além de pedir indenização por danos morais, a defesa do sertanejo quer que Luisa Mell apague o vídeo no qual fala sobre a romaria de Zé Neto.
O juiz Gustavo Henrique Bretas Marzagão, da 35ª Vara Cível de São Paulo, estipulou prazo de dois dias para a ativista remover a publicação das redes sociais. O magistrado também alegou que Luísa Mell é nacionalmente conhecida no meio televisivo e em redes sociais como defensora dos animais e a conta em que realizou a postagem possui quase quatro milhões de seguidores.
“Em razão desse destaque, as opiniões que emite por meio destes canais de comunicação ganham rapidamente repercussão nacional, atingindo milhões de pessoas. Para que possa ser legitimamente exercido, o direito de crítica deve recair sobre um fato verídico o que, a princípio, não ocorreu no caso em exame, porque a ré não se limitou a criticar o uso do animal pelo autor, mas lhe atribuiu fato inverídico, desbordando do seu direito e ingressando no campo do ilícito. E, a despeito da retratação que fez em postagem posterior, a primeira permanece ativa em sua conta, perpetuando os efeitos negativos à imagem do autor, cantor de projeção nacional que, desde a postagem feita pela ré, vem sendo acusado de abusar e de praticar atos de maus-tratos em animais”, escreveu Gustavo Marzagão em outro trecho.
FONTE: G1 | FOTO: Reprodução