Em setembro, uma equipe do NYU Langone Health conseguiu transplantar um rim de porco em um paciente humano

Em setembro, uma equipe do NYU Langone Health conseguiu transplantar um rim de porco em um paciente humano, e a operação foi um sucesso. Já com o projeto em andamento e, agora, motivados por esse caso bem-sucedido, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) planejam fazer o mesmo, e buscam verba junto a instituições de pesquisa e secretarias do governo estadual de São Paulo para construir um biotério, local de suma importância para colocar isso em prática.

O biotério consiste em um local controlado e com ambiente sanitário adequado nos quais os embriões serão introduzidos em uma porca matriz. Uma vez com a verba, a expectativa é que leve cerca de um ano e meio para que a estrutura fique pronta, possibilitando o processo de implantação de embriões (de forma estéril, sem a contaminação dos animais com patógenos).

A previsão dos especialistas é que a próxima década já conte com transplantes de órgãos de animais em humanos, algo que deve ter início em países como China, Estados Unidos e Alemanha. No Brasil, os cientistas já conseguiram fazer a modificação dos genes de embriões de porcos. Até o fim do ano que vem, os primeiros porcos geneticamente modificados devem nascer. Esses primeiros ainda devem servir apenas para testes, sem transplantes em humanos.

Quando tudo estiver pronto, a ideia é que o transplante do rim de porco seja feito em pessoas que estão fazendo hemodiálise e que não tenham doador humano compatível.

FONTE: G1 via Canaltech | FOTO: twenty20photos/envato