O Supremo Tribunal Federal (STF), na figura do ministro Gilmar Mendes, negou o pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

As petições da deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, e Fernando Sarney, vice-presidente da entidade, foram negadas “em razão da falta de legitimidade dos requerentes para atuar em ação de controle concentrado”.

“Não havia, à época, quaisquer elementos nos autos que levassem à compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos”, disse Mendes.

 

O relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) considerou o pedido de afastamento como “incabível”, diante do exame da constitucionalidade de dispositivos da Lei Geral do Esporte e da Lei Pelé. Ele também dispersou a reconsideração da medida cautelar.

“Não há que se falar em reconsideração da decisão cautelar, uma vez que ela já esgotou os efeitos e não mais vigora, dada a insubsistência dos requisitos fáticos e jurídicos que outrora legitimaram o seu provimento”disse outro trecho da decisão.

O ministro, assim como outros membros do tribunal, pediram a apuração rápida dos fatos, a fim de que tudo seja esclarecido. As denúncias foram consideradas “gravíssimas” pelo STF, que determinou a análise das alegações pela Justiça do Rio, origem da ação popular que tirou Ednaldo Rodrigues, de maneira breve, da presidência da CBF.

A CBF se posicionou sobre o assunto em nota oficial.

Veja a nota da CBF na íntegra

“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu com serenidade a decisão do Supremo Tribunal Federal de negar peremptoriamente, por absoluta falta de substância e legitimidade, os pedidos de afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues encaminhados àquela Corte nos últimos dias.

A decisão reafirma a lisura da atual gestão, que já foi aprovada em 3 turnos: na eleição de 2022, na vitória sobre a tentativa de golpe em 2024 e na reeleição ocorrida há pouco mais de um mês, com apoio maciço e histórico de todas as 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B.

A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e tem certeza de que todas as mentiras perpetradas por opositores da atual gestão, empenhados numa campanha claramente orquestrada, serão derrubadas.

A CBF reforça que está totalmente à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas e clama pela celeridade nas apurações, para que possamos enfim superar o trauma dos derrotados na eleição de 2022 e focar no que mais importa: o desenvolvimento do futebol brasileiro, com as melhores práticas de gestão e governança, trabalho incansável da atual gestão e que resultou no recém-anunciado recorde de investimento em fomento ao futebol, saltando de 42% para mais de 70% de toda receita da instituição em 2024.”

FONTE: CNN Brasil | FOTO: Reprodução