Após alguns anos dedicados profissionalmente à área jurídica, especialmente a ADVOCACIA, percebo claramente como é difícil começar. Afinal, quando se faz a opção pelo curso de direito, diversas perspectivas poderão ser visualizadas:
– Concurso público para magistratura (estadual e federal);
– Concurso público para o Ministério Público (estadual e federal);
– Concurso público para os Tribunais;
– Concurso público para a carreira policial (polícia civil, polícia militar, polícia federal, polícia rodoviária federal, dentre outras);
– Advocacia;
– Magistério;
– dentre outros.
Sem sombra de dúvidas, inúmeros são os obstáculos a serem superados por aqueles que, após 5 (cinco) anos passando pelos bancos das universidades, decidem ser ADVOGADOS.
O primeiro deles é o exame de ordem, o qual, caso estivesse inserido em uma peça processual, seria uma preliminar a ser enfrentada, como condição para o futuro julgamento, que representará o recebimento da carteira que habilita o exercício da profissão.
Embora muitos critiquem, o fato é que, quem se forma hoje, caso queira ser advogado, obrigatoriamente deverá se submeter ao referido teste de aptidão.
Vencida a batalha do exame de ordem e recebida a sonhada carteira da OAB, automaticamente os outros obstáculos se aproximam:
- Falta dinheiro para montar uma estrutura mínima de atendimento e, em especial, para a manutenção do próprio profissional;
- Ainda não se tem clientes, o verdadeiro responsável por tornar real o sonho de ser advogado;
- Tem-se pouca ou, em alguns casos, nenhuma experiência; e
- As pessoas não o reconhecem como advogado;
E agora, o que devo fazer?
Após um pouco mais de 2 (duas) décadas na condição de advogado e sempre atento às mudanças do mercado, tenho segurança para responder o referido questionamento de forma bastante objetiva e com apenas uma palavra:
COMEÇAR…
Considerando que, diferentemente do que ocorria há 10 anos, 15 anos ou 20 anos, a ADVOCACIA passou a ter uma outra lógica, sendo claramente reduzida a necessidade de estrutura física e dos custos elevados, afirmo que o kit básico para um advogado do século XXI é:
- Um computador;
- Um telefone celular com habilitação do WhatsApp;
- Um bom pacote de internet;
- Uma conta de e-mail;
- O certificado digital para acessar os sistemas processuais disponíveis;
- Um paletó, no caso dos homens; e uma roupa formal, no caso das mulheres;
Afinal, ultrapassada a pandemia, as reuniões por videoconferência viraram regra. Trabalhar em qualquer lugar do mundo e, em especial, em casa, tornou-se comum.
Portanto, graças a referida lógica, ficou mais barato iniciar.
No entanto, por outro lado, outras exigências passaram a fazer parte da vida do advogado, que terá que se preocupar com a gestão do escritório, com o marketing, com o financeiro, com o comercial e, de modo bem específico, com o próprio jurídico.
Talvez o maior desafio de quem quer, efetivamente, começar é definir o RUMO que irá tomar, até porque, como a ADVOCACIA é considerada uma das atividades com característica EMPREENDEDORA, impossível iniciá-la sem saber qual a direção está sendo buscada.
Caso queira começar a ADVOCACIA amanhã e conclua que possui pouco ou nenhum tempo para pensar sobre tudo isso que escrevi, tire a primeira hora da manhã para conhecer as histórias daqueles profissionais – ADVOGADOS – que têm algum destaque no mercado atual.
Caso você consiga extrair uma característica a ser implementada no seu escritório, tenha certeza de que teve um primeiro dia de trabalho mais completo e proveitoso do que a maioria daqueles que começam sem definir o RUMO a seguir.
Vamos ADVOGAR…
OBS: conheça o Instagram @seu.rumo