CNJ vai apurar se servidores participaram da ação
O Conselho Nacional de Justiça informou ter identificado, nesta quinta-feira (5/1), que o “pedido de prisão” do ministro Alexandre de Moraes decorreu do uso indevido de credencial de acesso ao sistema.
A credencial usada ilegalmente já foi bloqueada, segundo informou a instituição por meio de nota.
O CNJ ainda anunciou que já iniciou os procedimentos para restabelecimento do sistema, o que deve ocorrer até as 13h desta quinta. Também acrescentou que o fato continua em apuração pelo CNJ e pela Polícia Federal, sob sigilo.
Na quarta-feira (4/1), um usuário cadastrado expediu um “mandado de prisão” contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O sistema do CNJ registrou que o pedido de prisão tinha sido assinado pelo próprio ministro.
A decisão falsa ironiza a atuação de Alexandre, segundo o portal Metrópoles: “DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”
Depois disso, o CNJ restringiu acessos à plataforma, e pediu para a Polícia Federal investigar o caso.
CNJ vai apurar se servidores participaram
O Conselho Nacional de Justiça vai apurar se a invasão aos seus sistemas contou com a participação de servidores do órgão. O inquérito sigiloso será tocado pela Corregedoria Nacional de Justiça.
“O Conselho Nacional de Justiça informa que a inconsistência encontrada na quarta-feira, no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, foi causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, que já foi devidamente bloqueada”, afirmou o CNJ em nota.
FONTE: Conjur | FOTO: EBC