
Márcio Rogério de Sousa Pinto era líder de associação criminosa de tráfico de drogas e acabou condenado por homicídio
O Tribunal do Júri de Planaltina condenou um lutador e professor de MMA acusado de tortura e homicídio. O julgamento de Márcio Rogério de Sousa Pinto pela morte de Elton Antunes Nascimento, 33, foi concluído nessa segunda-feira (26/9). A pena é de 26 anos e 2 meses de prisão em regime fechado. O condenado não poderá recorrer em liberdade.
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Em 2018, Márcio liderou um grupo criminoso que aterrorizava várias comunidades de Planaltina. Os integrantes da associação criminosa de tráfico de drogas praticavam seguidos atos violentos e construíram uma cisterna para torturar e matar pessoas por dívidas de drogas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), em maio de 2018, Márcio, na companhia de outros denunciados, manteve uma mulher em cárcere privado e, ao mesmo tempo, torturou, matou por asfixia e ocultou o cadáver de Elton. A investigação acredita que o grupo agiu por vingança, pois acreditava que a vítima teria furtado uma bicicleta dos envolvidos.
Os policiais identificaram que o homem enterrado em uma cova rasa apresentava sinais de tortura. Elton teve o corpo incendiado pelos criminosos, mas, antes, passou por uma sessão de tortura que teria durado cerca de 5h. Tudo por uma dívida de R$ 480.
Antes de ser torturado, Elton foi espancado e jogado em uma cisterna que existe no terreno onde morava Márcio Rogério, em Planaltina.
Márcio Rogério acabou denunciado com outros quatro acusados. O grupo responde pela prática dos crimes de ameaça, cárcere privado, tortura, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro, roubo, lesão corporal, estupro, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores.
Prisão
O lutador Márcio Rogério, que tinha seis mandados de prisão em aberto por suspeita de cometer os crimes de tortura, homicídio, cárcere privado, ocultação de cadáver, roubo, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro, estupro e associação criminosa, foi preso por policiais civis do Distrito Federal e do Rio de Janeiro no bairro de Guaratiba, na capital carioca, em novembro de 2020.
A Operação Cruciatus — a expressão vem do latim “maldição da tortura” — teve início em maio de 2018, após investigadores localizarem o cadáver de Elton enterrado próximo ao córrego de área de mata fechada no bairro de Fátima, em Planaltina.
FONTE: Metrópoles | FOTO: Reprodução