
Só 24% dos ouvidos dizem ter Telegram, a maior preocupação eleitoral
Desde 2004, quando aderiu ao Orkut, a primeira rede social a se massificar, o brasileiro já havia mostrado seu gosto pela interação social online. Se 18 anos depois a adesão já não é novidade, a dimensão surpreende: 94% dos internautas (quem acessa a internet) disseram ter conta em algum site de relacionamento.
O percentual é maior (99%) na faixa dos 16 aos 34 anos, dos nativos digitais, mas mantém a força mesmo nos grupos menos aficionados —83% entre quem tem 60+ e 85% de quem cursou só o fundamental.
O WhatsApp predomina em todos os estratos sociais e regiões do país, atingindo a quase totalidade dos que se disseram usuários de redes sociais (92%). Também foi o favorito de 44%, seguido à distância pelo Instagram (26%).
O trunfo do WhatsApp é a conexão direta que o usuário estabelece com família e amigos. O Telegram mostrou alcance mediano na pesquisa (24% informam ter o aplicativo no celular), mas cresce para 41% na faixa mais jovem.
Na pesquisa, o aplicativo chinês de vídeos tik tok comprova ser um fenômeno entre os mais jovens, com 58% de presença entre internautas de 16 a 24 anos e 45% dos 25 aos 34 anos.
O Twitter também cresce na parcela mais nova da população. O total de 20% no conjunto dos internautas sobe para 38% na faixa de 16 a 24 anos. Além do desgaste normal das redes ao longo do tempo, jovens gostam de novidades e buscam manter distância das plataformas onde os pais estão. Já redes baseadas em vídeos, como Tik Tok e Instagram, afastam os mais velhos.
A pesquisa sobre as marcas reflete 1.500 entrevistas feitas entre 21 e 28 de março de 2022, com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e regiões do Brasil, que acessam a internet todos os dias. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, e sua confiabilidade é de 95% –isso significa que, se cem pesquisas iguais a esta fossem feitas, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro
A pesquisa sobre o comportamento online do brasileiro reflete 2.064 entrevistas feitas entre 16 e 24 de março com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, considerando um nível de confiança também de 95%.
FONTE: Folha Online | FOTO: Reuters